Dia da Mulher Africana

Assinala-se esta quarta-feira [31.07.2024] o Dia da Mulher Africana, efeméride que rende homenagem a todas as mulheres guerreiras, batalhadoras e vencedoras do “Continente Berço”, dedicada à reflexão sobre o papel da mulher africana na sociedade, mas também à denúncia da discriminação, estereótipos e marginalização a que está voltada.

Instituído há 62 anos, em Dar-es-Salam, Tanzânia, durante a Conferência das Mulheres Africanas, o Dia da Mulher Africana tem contribuído para o reforço da igualdade do género, o empoderamento e a inversão de um ciclo de discriminação, violência doméstica e marginalização, para um ciclo de transformações impactantes.

Participaram da Conferencia 14 países e oito Movimentos de Libertação Nacional.  Na mesma ocasião, foi criada a Organização Panafricana das Mulheres (OPM) com o objectivo de discutir sobre os desafios que as mulheres africanas enfrentam e como contorná-los em conformidade com as leis existentes, assim como, debater sobre o papel da mulher e os vários problemas do continente africano, nomeadamente, a sua participação na reconstrução do continente; educação e alfabetização; saúde materna e Neonatal; luta contra o VIH/SIDA e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST); empoderamento económico da Mulher; assegurar a paz e a democracia; e direitos da Mulher.

Desde a institucionalização da efeméride, em 1962, a mulher africana tem ganhado espaço quer no mercado de trabalho, quer no acesso ao centro de tomada de decisão, e tem se verificado a remoção de barreiras ao avanço sustentável da Mulher Africana nas diferentes áreas da vida.

De lá para cá, houveram inúmeras mudanças positivas. Mulheres ascenderam ao cargo de Presidente da República em vários países africanos, nomeadamente na Libéria (Ellen Johnson), Malawi (Joyce Banda), Tanzânia (Samia Hassam) e Etiópia (Sahle Work Zewde), e a outros altos cargos não só no Aparelho do Estado, mas também no mundo empresarial e no associativismo. Contudo, em África no geral, e em Angola em particular, ainda persistem desafios. Um dos maiores desafios é garantir, principalmente no meio rural, um equilíbrio entre a preservação das tradições, cultura e valores africanos, sem condicionar a construção social do género, como defendeu a Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, no I Fórum Internacional da Mulher para a Paz e Democracia.

Em Angola, além da Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, mulheres ocupam os cargos de Presidente da Assembleia Nacional, Juíza Conselheira Presidente do Tribunal Constitucional, e Ministra de Estado para a Área Social (Maria Bragança Sambo), só para citar alguns exemplos, e dão igualmente cartas noutros sectores da sociedade angolana.

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